As doenças inflamatórias intestinais podem demorar bastante até que os primeiros sintomas apareçam e estas patologias sejam diagnosticadas. 

Por este motivo, é importante realizar avaliações periódicas ao seu clínico que ajudem a identificar, ainda nos estágios iniciais, qualquer alteração no órgão, que podem, por vezes, causar inflamação grave e até predispor o surgimento de tumores.

Acompanhe o texto e saiba mais:

Existe mais de uma doença inflamatória intestinal?

Intestinos humano no Sistema Digestivo

Intestinos humano no Sistema Digestivo – Foto: Freepik

Sim! As mais conhecidas são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa

Por serem muito parecidas nos sintomas, apenas o profissional especialista pode identificar o tipo e, consequentemente, as práticas mais indicadas para o tratamento e diminuição dos impactos na qualidade de vida do paciente.

Doença de Crohn

É um processo inflamatório que pode afetar TODO o trato gastrointestinal, sendo classificado em três tipos: leve, moderado ou grave. 

A principal diferença para a retocolite ulcerativa, é o fato da doença de Crohn ser muito invasiva e afetar todas as camadas do intestino.

Os sintomas mais comuns são:

  • Sangramento intestinal com ou sem anemia;
  • Diarreia (pode ter presença de sangue e muco nas fezes);
  • Dor abdominal;
  • Perda de apetite, perda de peso e enfraquecimento;
  • Náuseas;
  • Aftas e lesões na pele;
  • Cálculos (pedras) renais;
  • Aparecimento de lesões anais;
  • Nas crianças, pode apresentar atraso no crescimento e desenvolvimento.

Retocolite ulcerativa: 

Estas úlceras — feridas que agravam o contato do órgão — afetam apenas a camada mais superficial do cólon, também conhecida como mucosa.

Estas inflamações nas paredes internas do intestino podem causar muito incômodo ao paciente. Tudo indica que esta doença é autoimune, ou seja, o próprio corpo humano gera esse desgaste ao tentar se proteger (de maneira exagerada) de alguns tipos de estímulos.

Os sintomas mais comuns são:

  • Diarreia (pode conter sangue ou alguma secreção);
  • Dores: abdominais e no ato de defecar.
  • Febre;
  • Anemia e fadiga;
  • Falta de apetite e perda de peso;
  • Constipação (prisão de ventre);
  • Atraso no crescimento (nas crianças).

Como é o tratamento?

Tratamento

Formas de tratamentos – Foto: Freepik

É preciso estabelecer alguns cuidados específicos de acordo com a doença. Apesar disso, algumas dicas são comuns às duas.

Deve-se evitar bebidas alcoólicas, parar de fumar, reduzir o consumo de alimentos gordurosos ou ultraprocessados e controle de peso.

Além disso, são iniciados tratamentos com medicamentos orais. Em alguns casos é indicado cirurgia e uso de medicações para manter a saúde do organismo, além de consultas regulares ao coloproctologista.

Se você ainda não possui o hábito de realizar consultas preventivas, vale a pena dar uma olhada nesse texto: “Como é a consulta com a coloproctologista?”

 

Sua pergunta foi respondida? Se você ficou com alguma dúvida relacionada ao assunto, deixe um comentário logo abaixo ou entre em contato!

 

Aproveite para se inscrever na newsletter para receber todos os posts, artigos e notícias! Tenho certeza que teremos muitas informações úteis por aqui. Basta colocar seu nome e o seu melhor e-mail!

Sobre o(a) autor(a): Dra. Camila Medeiros

Dra. Camilla Medeiros é médica coloproctologista em Natal/RN com especialização em Saúde Intestinal e Câncer de Cólon.

Compartilhe