Sendo pouco conhecido, o termo Anodispareunia denota uma disfunção sexual que aborda a dor do sexo anal, uma opção sexual que tem se tornado cada vez mais comum entre os casais.

Qualquer pessoa pode sentir prazer durante o ato do sexo anal, mas quanto menos dor e desconforto nessa prática, melhor a experiência para os praticantes.

Hoje irei tirar algumas dúvidas sobre o sexo anal e soluções para uma melhor experiência e qualidade sexual. Confira!

Você conhece a anatomia do ânus?

Para um melhor entendimento sobre o sexo anal, é muito importante que você conheça a anatomia do ânus.

O ânus é composto pelos esfíncteres anais, dois músculos de formato circular. O esfíncter interno possui um controle involuntário, ele age por vontade própria. Já o esfíncter externo, acontece de maneira voluntária, ele relaxa e se contrai com o nosso comando.

Para conquistar uma experiência anal indolor, o relaxamento dos esfíncteres interno e externo devem acontecer ao mesmo tempo, tornando a penetração não dolorosa e muito melhor para a pessoa que está sendo penetrada.

É muito importante que você esteja confortável para chegar a relaxar os dois músculos, algumas pessoas alcançam esse ponto muito facilmente, outras, sentem mais dificuldade. Para isso, você pode contar com a ajuda de alguns exercícios!

Conheça 7 exercícios para relaxar os músculos do ânus e ter uma melhor experiência durante o sexo analPés de um casal na cama

Qualquer que seja a escolha sexual, é necessário uma certa preparação e cuidado. No sexo anal não é diferente! Para uma melhor experiência, você pode estimular o relaxamento do ânus e garantir o prazer durante o ato. Vai com calma!

Siga os passos:

1- Devagar e com cuidado: conversem, se toquem e avise se está sentindo dor. É normal que a penetração cause desconforto no primeiro momento, então tenham paciência;

2- Procurem por posições mais confortáveis para os dois, existem muitas possibilidades;

3- Use e abuse dos lubrificantes: o ânus não possui lubrificação natural como a vagina, por isso os lubrificadores tem um papel indispensável para o sexo anal;

4- O sexo oral e a penetração através dos dedos ou brinquedos sexuais é uma boa opção para relaxar a área, estimule!

5- Respeite os seus limites! Não tenha medo de avisar ao parceiro(a) quando não está confortável o suficiente;

6- Faça uma boa higienização antes, isso torna tudo muito mais confortável para o casal;

7- Não deixem de usar camisinha!

Quando devo procurar ajuda médica?

Mulher preocupada

 

Se você seguiu todas essas dicas, tentou outras possibilidades e mesmo assim não conseguiu uma experiência melhor durante e depois do sexo anal, é muito importante que você procure ajuda médica!

Alguns problemas são comuns na região no ânus e podem causar dor durante a penetração, como as doenças sexualmente transmissíveis, hemorroida, fissuras e fístulas anais e outras.

Os tratamentos desses problemas são tranquilos e, além de contribuir para a sua saúde e bem estar, garantem uma melhor experiência na prática do sexo anal. Foque sempre no que é melhor para você!

Leituras recomendadas:

Desinformação faz mal à saúde: Volume 1 — Destinado ao público LGBTQIA+

Se você faz parte da comunidade LGBTQIA+ não deixe de conferir o meu e-book, que tem o intuito de informar corretamente sobre prevenção e coloproctologia.

Além de reunir dados de fontes seguras como Ministério da Saúde e Instituto Nacional de Câncer (INCA), optei por utilizar uma linguagem acessível. Assim nós garantimos que essas informações possam ser consumidas por um maior número de pessoas!

Banner da Dra. Camila Medeiros

Informação é riqueza, ainda mais quando se trata de problemas comuns como os citados acima! Baixe o livro e entenda mais sobre o assunto!

Este conteúdo ajudou a esclarecer as suas dúvidas? Deixe um comentário e se puder, compartilhe com os seus amigos!

Para mais informações, siga o meu perfil no Instagram: @dracamilacoloproctologista

 

 

Sobre o(a) autor(a): Dra. Camila Medeiros

Dra. Camilla Medeiros é médica coloproctologista em Natal/RN com especialização em Saúde Intestinal e Câncer de Cólon.

Compartilhe