Problemas de saúde geram incômodos independentemente da área do corpo atingida. Apesar disso, algumas doenças afetam partes muito sensíveis, o que causa imenso desconforto no dia a dia.

Com o desconforto físico vem o estresse, a falta de força de vontade e até mesmo a baixa autoestima. Por este motivo, é muito importante tratar o organismo como um carro: requer manutenção e cuidados frequentes para manter o bom funcionamento como um todo.

Gif colorido se comida chegando no estômago e gerando problema gástrico.

Se você acompanha o meu blog, já deve ter conferido os meus últimos textos a respeito da coloproctologia, suas principais funções e quais os sintomas que precisamos ficar atentos.

Agora, chegou o momento de conhecer um pouco mais sobre as doenças mais frequentes que podem ser tratadas pelos profissionais de coloproctologia!

Quais são as doenças mais comuns?

Hemorroidas

A doença hemorroidária acontece quando há uma dilatação dos vasos sanguíneos presentes no ânus, causando grande desconforto e afetando a qualidade de vida dos pacientes. Essa doença é popularmente conhecida como “hemorroidas”. 

Saiba mais sobre cada tipo:

Externas:

Os vasos saem pelo ânus e podem se apresentar com inchaço local, dor intensa e coceira.

É comum que a “crise” diminua de intensidade em até 7 (sete) dias desde a primeira aparição. Se os sintomas forem intensos ou persistirem por mais tempo, vá ao seu coloproctologista e busque tratamento.

Internas:

Podem causar sangramento nas fezes ou no papel higiênico, coceira, desconforto anal e um prolapso que sai na hora da evacuação e depois volta à parte interna.

Por não ser visível, pode demorar algum tempo até que o paciente perceba o problema antes de ir ao coloproctologista. Nesses casos, pode ocorrer a piora do quadro e até mesmo dificuldades no tratamento.

Fissura anal

Como o nome sugere, a fissura anal é uma pequena ferida (mais especificamente, um corte) que surge na entrada do ânus.

É muito incômodo para os pacientes pois causa ardência, dor, desconforto ao sentar e até mesmo sangramentos.

As causas mais comuns são: passagem de fezes duras e/ou secas, sexo anal desprotegido ou sem lubrificação, diarreia, esforço físico intenso.

Se você está com este problema, vale a pena beber muita água e se alimentar de comidas ricas em fibras. Não esqueça de fazer uma consulta médica para buscar o tratamento adequado, ok?

Constipação ou prisão de ventre

Muitas pessoas são afetadas pela prisão de ventre, um problema que é caracterizado pela baixa evacuação (até 2 vezes por semana), consistência ressecada ou grande esforço na hora de evacuar.

A maioria das pessoas sequer percebem o intestino preso pois se acostumaram que essa frequência é normal, porém, isso pode ser muito prejudicial às condições normais do intestino.

É necessário investir em uma dieta rica em fibras, ingestão de muita água, exercícios físicos e menor ingestão de proteína animal.

Não se acostume com o desconforto! Visite o coloproctologista para obter o tratamento e as orientações ideais para o seu organismo.

Tumores intestinais, entre eles o câncer de cólon

O câncer colorretal é o segundo com maior incidência no Brasil, tanto para homens quanto mulheres — atrás, apenas, do câncer de próstata e do câncer de mama feminina.

É caracterizado por tumores no intestino grosso, reto, sendo tratável na maior parte dos casos. Entretanto, para que a probabilidade de cura seja alta, é preciso identificar ainda nos estágios iniciais, antes que se espalhe para outros órgãos (também conhecido como metástase).

Vale a pena ficar atento(a) para sangue nas fezes, dores abdominais, fraqueza, perda de peso sem causa aparente e outras alterações na evacuação.

Diverticulite

A diverticulite é uma inflamação dos divertículos — pequenos saquinhos que estão nas paredes do intestino. 

É mais comum em pessoas com mais de 40 anos ou aqueles que possuem prisão de ventre crônica.

Esta doença causa dores abdominais (especialmente no lado esquerdo), náuseas e vômitos, inchaço, flatulência, febre, sangue nas fezes, perda do apetite.

Caso você tenha estes sintomas, é necessário buscar tratamento coloproctológico de urgência ainda nos estágios iniciais da doença para potencializar as chances de tratamento sem maiores danos ao organismo.

Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)

São doenças transmitidas principalmente por relação sexual sem preservativos e que podem causar muitas repercussões se não identificadas precocemente:

  • HPV (Papilomavírus Humano): caracterizado por verrugas na pele ou mucosas, especialmente no ânus e na região genital. Algumas lesões podem inclusive levar ao câncer anal.
  • HIV: o famoso vírus que provoca deficiência do sistema imune, pode ser também detectado através de sintomas gastrointestinais e lesões anais
  • Herpes: provoca lesões na pele e mucosas, além de bolhas, coceira e desconforto.
  • Sífilis: dependendo do estágio de aparecimento, pode se apresentar como uma fissura anal ou manchas na pele
  • Clamídia e Gonorreia: causado por bactérias, a infecção causa dores no “pé da barriga” (baixo ventre), sangramento durante a relação sexual, corrimento e dor nos testículos.

Faça sexo com camisinha!

Se você pratica sexo anal, faça consulta regularmente com a coloproctologista.

O que fazer ao observar os primeiros sintomas?

Fotografia de médica segurando estetoscópio e jaleco branco. A foto não mostra o rosto da pessoa.

Como mencionei no texto “Quando procurar um coloproctologista?”, é preciso ficar atento(a) para dificuldades ao evacuar, caroços na região anal, coceiras persistentes, inchaços e diarreias persistentes (por mais de 3 semanas).

Sangramentos e dores na região abdominal e anal também são sinais de alerta que merecem a sua atenção.

Por isso, é muito importante visitar a coloproctologista assim que tiver um ou mais sintomas ou pelo menos 1 (uma) vez ao ano, para conferir se está tudo certo.

 

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Sobre o(a) autor(a): Dra. Camila Medeiros

Dra. Camilla Medeiros é médica coloproctologista em Natal/RN com especialização em Saúde Intestinal e Câncer de Cólon.

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