A diverticulite é uma doença gastrointestinal que acomete mais de 150 mil pessoas por ano no Brasil. Por afetar o funcionamento do sistema digestivo – já que afeta o tubo digestivo, sendo mais comum no intestino grosso, essa condição interfere diretamente nos hábitos alimentares do paciente, que deve seguir alguns cuidados especiais para evitar e tratar o quadro inflamatório.
Para saber mais sobre a diverticulite e quais alimentos devem ser evitados em casos de inflamação, continue lendo este artigo até o fim! Aqui você vai aprender:
- O que é diverticulite?
- Quais os sintomas da diverticulite?
- O que causa a diverticulite?
- O que pode comer?
- E o que não pode?
- Fui diagnosticado(a) com diverticulite, o que fazer?
O que é diverticulite?
Algumas pessoas apresentam, na estrutura do tubo digestivo e principalmente nas paredes do intestino grosso, pequenas bolsas com o formato de dedo de luva invertido, chamadas de divertículos. Quando eles permanecem saudáveis e assintomáticos, a condição é chamada de diverticulose. No entanto, quando ocorre a inflamação ou infecção dessas bolsas, temos um caso de diverticulite.
A ciência ainda não possui uma resposta concreta para o aparecimento dos divertículos, mas acredita-se que eles resultem de alguma fraqueza nas paredes do intestino grosso – motivo que também explica a maior incidência de casos entre a população idosa, visto que essa estrutura enfraquece naturalmente com o avanço da idade.
Quais os sintomas?
Com a inflamação ou infecção dessas bolsas, o indivíduo pode perceber alguns sinais de alerta para a diverticulite. Entre os principais, estão:
- Cólicas abdominais;
- Dor ou sensibilidade na região;
- Inchaço;
- Distensão do abdômen;
- Prisão de ventre ou diarreia;
- Febre;
- Náuseas e vômitos;
Em caso de suspeita da doença, é indicado procurar um coloproctologista que irá avaliar o quadro e indicar exames para o diagnóstico, como a tomografia do abdômen.
O que causa a diverticulite?
São três os fatores principais relacionados ao quadro inflamatório dos divertículos: hábitos alimentares, falta de atividade física, obesidade e tabagismo. Dietas pobres em fibras, consumo excessivo de alimentos refinados (carboidratos e açúcares, por exemplo), carnes vermelhas, gordurosas e conservadas, somados à baixa ingestão de água são fortes gatilhos para o desenvolvimento da doença.
É por essa razão que a alimentação do dia a dia está diretamente ligada ao processo de prevenção e tratamento da diverticulite. Em períodos de crise, é importante evitar certos alimentos que podem agravar o quadro, e dar preferência a outras opções que ajudam a abrandar os sintomas e evitar novos episódios.
O que pode comer?
A fim de prevenir casos de diverticulite, é importante beber bastante água e investir em uma dieta rica em fibras, presentes nas frutas, verduras, legumes e alimentos integrais.
Grãos inteiros como a aveia, a quinoa e o trigo também estão liberados e favorecem o trânsito no intestino, assim como o abacate, que é rico em fibras e gorduras boas para a saúde intestinal.
Durante uma crise, o indicado é recorrer a uma dieta pobre em resíduos para que o intestino “descanse”, e preferir alimentos líquidos, como água de coco, sucos coados e sem açúcar, sopas, caldos e gelatinas.
E o que não comer?
Quem tem diverticulose ou já teve diverticulite deve manter uma alimentação bem regulada, evitando o excesso de carboidratos, açúcares, gorduras, carne vermelha e alimentos embutidos e em conserva.
Bebidas alcoólicas, gaseificadas ou energéticas (como chás, cafés e refrigerantes) e especiarias picantes podem agravar a irritação das paredes intestinais e contribuir para o inchaço abdominal. Leite e derivados também devem ser retirados da dieta durante períodos de crise, pois podem piorar os sintomas.
Após a fase aguda, o paciente pode voltar à alimentação habitual de forma gradual, seguindo as orientações adequadas para evitar novas crises.
Fui diagnosticado(a) com diverticulite, o que fazer?
A primeira coisa é procurar um médico especialista o mais rápido possível. Assim, você será examinado e serão solicitados exames complementares para guiar o tratamento, como a tomografia computadorizada de abdome e exames laboratoriais. Após isso, é possível construir uma estratégia de tratamento e identificar se será necessária internação e até mesmo cirurgia.
Outra coisa importante é realizar uma colonoscopia após 6 a 8 semanas do quadro de diverticulite, para descartar outras causas que podem levar a quadro semelhante e possíveis complicações.
Além disso, a principal forma de tratar e evitar crises é através de uma dieta rica em fibras, da ingestão de bastante água (no mínimo 2 litros por dia), e da adoção de uma alimentação saudável e equilibrada, com redução no consumo de alimentos ultraprocessados e gordurosos.
Realizar atividades físicas regularmente também é uma ótima opção para tratar a diverticulite, pois fortalece os músculos da parede abdominal, melhora os movimentos do intestino e evita fatores de risco como sobrepeso e obesidade.
E por último, mas não menos importante: mantenha o acompanhamento regular com o seu coloproctologista para tratar o quadro da maneira adequada e prevenir outras doenças intestinais.
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